Pergaminhos
eram vasculhados, ficavam exposto sobre suportes de madeira que foram
colocados na sala central. Um pergaminho volitava e era aberto, as
palavras
e sentidos eram absorvidos, grafados
na primeira
linguagem escrita e complexa. Chamado pelo sentinela de linguagem dos
Deuses. Fizera isso para ele e somente ele entender, porém
o orbe que criara para subjugar seus pais também permitiu ao humano
imundo obter as traduções daquilo. Ele não tinha receio quanto ao
insignificante ser que um dia se revoltou, ele sabia que seria fácil
vencê-lo.
O arco da porta da sala de madeira foi passado por um borrão
escarlate que rapidamente estava de joelhos.
—Senhor,
Liof não estava na morada do espectro—a
voz do cavaleiro fez os pergaminhos nas madeiras presas nas paredes
vibrarem.
—Eu
sei, o encontrei—ele
não
falava.
—Tenho
uma notícia
ruim, o espectro parece ter desaparecido.
—Provavelmente
o que detectei foi a luta entre os dois. Liof deve te-lo consumido.
Não importa —a
cabeça do cavaleiro vibrava com a conversação de seu senhor igual
aos pergaminhos a sua voz.
—Aonde
Liof está
para
buscarmos ele?
—Temos
que analisar—os
olhos do cavaleiro contemplaram Tya do alto
—Essa
cidade já
deu trabalho demais, juntaremos todos os cavaleiros escarlates e o
seu irmão.
—Talvez
vocês conseguissem entrar na cidade mas perderiam a batalha. Preciso
estar em perfeita forma para enfrentar dois banhados no sangue. A
última vez eu subestimei as maldições de meus pais.
—Então
o que faremos senhor?— Ele sabia que algo importante era necessário,
ele
havia visto o seu mestre pessoalmente uma vez e agora pela segunda
vez. Ver não
é bem o termo, ele estava em sua presença era um peso enorme que
limitava
seus movimentos, é como querer olhar diretamente para o Sol, a presença negava os sentidos do cavaleiro.
—Continue
as buscas do orbe, não posso arriscar cair na mão daquele inútil.
Reforce também os postos que não possuem muito tempo de contato com
minha benção.
—Sim
senhor—o
cavaleiro se virou, com dificuldade, de costas. Chegou perto do arco
de madeira.
—Faça
também outra coisa—ele
continuou andando, ele podia escutar diretamente os pensamentos
proferido por seu chefe.
Ele
foi guiado pela voz até o calabouço aonde repousava calado o último
gigante.
—O
abençoe!
O
cavaleiro quebrou parte da pedra que era a sua pele e
enterrou em sete locais diferentes. Escutou o gigante berrar e
rapidamente o tom escarlate brilhou nos olhos do monstruoso ser.
Em
Tya
Loreah
se inscrevera para quase todas as modalidades do torneio, estava
disposta a vencer Adaia.
Sten
tinha se inscrito para ferreiro.
Marian
passara o dia conversando com a pequenina criança que dava voz a
regente.
Os
irmãos já estavam se divertindo pela cidade porém
ao se olharem, não deixavam morrer o sentimento pelo seu povo.
Liof
estava sentado na arquibancada perscrutando a solidão atrás de mais
lembranças.
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